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Quando o assunto é reciclagem, a falta de informações ainda é um desafio para muitos países. De acordo com a pesquisa Ipsos Global Advisor “Um mundo descartável – O desafio das embalagens e do lixo plásticos”, pouco mais da metade das pessoas no mundo todo (53%) concorda que as regras da reciclagem de lixo doméstico são claras.

Segundo a pesquisa, o Brasil está entre os 10 países com menos concordância com a afirmação, com 46%, ou seja, menos da metade dos brasileiros conhecem como funciona a coleta seletiva em sua região.

A pesquisa também verificou quem acreditava que todos os plásticos podem ser reciclados, o que é um equívoco, já que alguns tipos do material não podem ser reaproveitados. 55% dos entrevistados globalmente e 65% no Brasil concordaram com a afirmação.

Reciclagem obrigatória

Ainda a respeito da coleta seletiva, 52% dos entrevistados afirmaram que o serviço de reciclagem nas residências é considerado bom. Suécia (70%), Canadá (70%) e Países Baixos (65%) são os países onde os entrevistados mais concordaram com a afirmação. O Brasil ficou abaixo da média global, com 47% de concordância.

Embora não haja tanto conhecimento sobre o assunto, os entrevistados mostraram preocupação com as questões ambientais. 80% das pessoas acham que as empresas deveriam ser obrigadas a ajudar com a reciclagem e o reuso das embalagens que eles produzem. No Brasil, 55% concordam fortemente e 22% tendem a concordam com essa afirmação, somando 77% de concordância.

Vantagem competitiva

O estudo também levantou a quantidade de consumidores que veem com bons olhos as marcas que fazem mudanças para alcançar melhores resultados ambientais. Globalmente, 75% concordaram com a afirmação. No Brasil, 76% valorizam essas marcas que fazem alterações preocupadas com o meio ambiente.

“Existe aqui uma oportunidade para as empresas e a sociedade. Marcas que proporcionam embalagens mais sustentáveis sem prejudicar os benefícios funcionais vão se conectar com os anseios dos brasileiros e adquirir uma vantagem competitiva” diz Sandra Pessini, diretora de Comunicação da Ipsos.

Mudança de hábitos

O uso da embalagem também pode influenciar o comportamento na hora de adquirir os produtos. 63% disseram que mudariam o local de compra se isso significasse usar menos embalagens. Entre os brasileiros, 68% responderam concordar em mudar os hábitos de compra nessa situação.

Quanto ao plástico de uso único, globalmente, 71% dos respondentes no mundo e no Brasil acreditam que o produto deveria ser banido completamente o mais rápido possível. Além disso, 75% dos respondentes no mundo – 73% no Brasil – disseram que querem comprar produtos com menos embalagem possível.

Valores primordiais

“Valores pessoais tendem a definir cada vez mais o consumo. O consumidor pode escolher não consumir determinada marca se não perceber nela seus valores refletidos e uma preocupação genuína com o meio ambiente”, acrescenta Sandra Pessini.

A pesquisa Ipsos Global Advisor foi realizada em 28 países entre 26 de julho e 9 de agosto. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

Este estudo demonstra o quanto a educação ambiental ainda é necessária para ampliar as ações junto ao cidadão comum com o objetivo, principalmente, de aproximá-lo mais da temática ambiental. Considerando o aspecto internacional da pesquisa, nota-se que é uma questão que abrange não só, nós, brasileiros, mas diversos outros países.

Acesso à informação

Para a sociedade avançar e, de fato, contribuir com os avanços da sustentabilidade, nós, do Canal Ecowords, consideramos que a educação ambiental e o acesso à informação são fundamentais.

Recentemente tivemos o lançamento do Anuário da Reciclagem 2017-2018, feito pelo Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), que é um exemplo de trabalho que pode ajudar no acesso a esse tipo de informação. A publicação reúne dados que traduzem o impacto positivo do trabalho realizado pelos catadores na economia brasileira e no meio ambiente.

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