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Os moradores de condomínios estão sendo muitos afetados pela crise hídrica e a alta de valor na conta de água e luz. No condomínio, local que reúne grande quantidade de pessoas, a junção de diversas medidas se faz ainda mais importante para poupar tanto as contas, como os recursos naturais.

As mudanças de hábitos devem ser coletivas e a administradora e o síndico têm papel importante para estimular os moradores a abraçarem a causa do consumo consciente, e também de serem “fiscalizadores”, ajudando na verificação de eventuais problemas, como vazamentos e luzes acesas desnecessariamente.

 

Condomínios podem economizar com luz e água

 

Devido à escassez hídrica, a bandeira tarifária de R$14,20 às faturas para cada 100 kWh consumidos entrou em vigor em setembro, podendo assim permanecer até o dia 30 de abril de 2022. “O aumento impacta no valor da taxa condominial e, por isso, ações de economia são valiosas”, salienta Luciana Graiche, vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que administra quase 800 condomínios, com 90 mil unidades de apartamentos.

Ter comando inteligente, programação nos elevadores ou diminuir o número de abertura dos portões de veículos durante períodos específicos, com sistemas controlados ou cancelas, por exemplo, geram economia e ainda trazem conforto para os usuários.

A substituição das tradicionais luzes fluorescentes por lâmpadas de LED também contribuem significativamente, já que a última consome de 60% a 80% menos energia.

Investir em energia solar ou fotovoltaica é outra medida e cujo interesse vem crescendo a cada dia no país.

“São várias medidas que geram economia, algumas gratuitas, com simples mudanças de hábitos, outras que não custam tanto e algumas que necessitam de um maior investimento, mas que acabam se pagando a curto e médio prazo”, ressalta Luciana.

 

Conta de água

 

Com relação à economia hídrica, uma iniciativa tida como uma das alternativas mais simples e baratas é o reaproveitamento de recursos naturais e que pode ajudar a diminuir a conta de água em até 50% nos condomínios, é a instalação de cisternas para captação e reuso de água de chuva.

1 – As cisternas são reservatórios que podem ser instalados em lugares estratégicos do condomínio para captar a água da chuva, que será armazenada para a limpeza das áreas comuns e rega dos jardins, por exemplo. Existem diversos modelos que podem ser instalados até mesmo nos apartamentos

2 – Redutores de vazão de água nas torneiras do banheiro, da lavanderia, cozinha e também nos chuveiros é outra medida válida. Eles ajudam a controlar a quantidade de água na saída e são de fácil instalação

Luciana lembra que, por mais que no geral, os condomínios trabalhem com a conta de água coletiva do prédio, instituir a individualização da conta de água contribui para que os moradores acabem ficando mais atentos ao seu próprio consumo e hábitos.

3 – Individualizar a conta de água pode influenciar diretamente não apenas na conscientização sobre a quantidade de água que se é gasta, mas, consequentemente, em um maior controle e economia de água

 

Soluções para economia energética

 

Ainda na parte de energia, confira mais essas 5 dicas que podem ser aplicadas em condomínios:

 

1 – SUBSTITUA AS LÂMPADAS

 

Nas áreas comuns, substituir lâmpadas incandescentes por fluorescentes gera uma economia de quase 80%, segundo estudo do IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor). Muitos condôminos podem argumentar que as lâmpadas desse tipo não agradam por terem uma iluminação fria por emitirem luz branca. Realmente, a iluminação branca não produz o conforto necessário para ambientes como salas e quartos. Mas hoje em dia já existem lâmpadas fluorescentes amarelas. Por isso, cabe ao síndico estimular a troca de lâmpadas também nas residências.

 

2- INSTALE MINUTEIRAS

 

Minuteiras são aparelhos que permitem fazer a temporização da iluminação, ou seja, com eles é possível definir e controlar o período em que as luzes ficarão acesas. São muito úteis para iluminação externa, de piscinas, jardins e fachadas.

 

3 – INSTALE SENSORES DE PRESENÇA

 

Já nas áreas comuns, incluindo halls de elevadores e corredores, a instalação de sensores de presença contribuirá para evitar o desperdício e ainda oferecer maior segurança, principalmente nas escadas.

 

4 – INSTALE MEDIDORES ELETRÔNICOS

 

Além da precisão para o cálculo dos gastos de energia elétrica, esses modelos também mensuram os gastos com a energia reativa em condomínios. Energia reativa é aquela que não produz efetivamente um efeito, mas contribui para que outros componentes funcionem. Equipamentos como bombas hidráulicas, elevadores e reatores podem fazer grande uso dessa energia, o que aumenta a ineficiência energética do condomínio. Os medidores eletrônicos, ao contrário dos eletromecânicos, registram esses gastos. Com base nessas informações, síndicos podem solicitar a consultoria de um técnico para reduzir essa cobrança, além de descobrirem quais equipamentos apresentam esse tipo de gasto excessivo.

 

5 – CALCULE O USO DE ENERGIA PELOS EQUIPAMENTOS

 

E por falar em consultoria, vale muita a pena contratar um técnico para avaliar o índice de consumo de cada equipamento, inclusive os das residências, como torneiras elétricas e chuveiros. O consumo de energia elétrica de cada equipamento é descrito com a sigla HP (horse power). Sabendo disso o cálculo segue transformando o HP em Watts. As contas não são tão simples e, também por esse motivo, ter um laudo técnico de especialistas é sempre melhor, inclusive para apresentação em assembleias.

 

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