fbpx
O Dia Mundial da Reciclagem é uma data instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura (Unesco), sendo comemorada mundialmente no dia 17 de maio. A celebração foi instituída como forma de conscientizar a sociedade para os benefícios da redução e reciclagem de resíduos.

Recentemente, na Cúpula de Líderes pelo Clima 2021, realizada nos EUA, representantes dos países participantes destacaram a importância de cada um fazer a sua parte em prol da sustentabilidade do planeta. Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, por exemplo, chamou atenção com a promessa de que o país irá reduzir em 50% a emissão de gases do efeito estufa até o ano de 2030, com base nos níveis de emissão de 2005. O Brasil, por sua vez, anunciou o compromisso da redução em 43% de suas emissões de carbono, por meio do apoio ao mercado do carbono e ações que envolvam o uso dos resíduos.

Reciclagem e sua ligação com a Economia Circular

Neste dia Mundial da Reciclagem vale lembrar que as medidas anunciadas na Cúpula do Clima são importantes para valorizar as iniciativas em prol da sustentabilidade global e, neste contexto, destacamos que a reciclagem é um dos recursos essenciais para o desenvolvimento sustentável com vistas à atender as metas ambientais das nações. Podemos considerar que o ato de reciclar é um exemplo de ação característica da economia circular, conceito que engloba e define processos que partem da premissa de garantir novas funções a elementos que seriam desperdiçados.

Dicas para a população mudar seus hábitos de consumo e reciclar mais

Cada brasileiro gera pouco mais de um quilo de resíduos sólidos por dia, somando anualmente 379 quilos por pessoa ou 79 milhões de toneladas de resíduos no Brasil. Para se ter uma ideia, essa quantia é suficiente para construir uma muralha nada agradável de 13 metros de altura e 3,6 metros de largura ao longo dos 7,4 mil quilômetros do litoral brasileiro.

“O Brasil é uma das nações que mais produz e menos recicla resíduos sólidos no mundo. Isso mostra como é urgente a necessidade de novos modelos de produção e consumo. Nossa maneira de consumir está diretamente relacionada com a quantidade de resíduos que geramos. E a forma com que destinamos esses resíduos facilita ou dificulta a sua reciclagem”, alerta Bruna Tiussu, gerente de comunicação e conteúdos do Instituto Akatu, principal ONG do país dedicada à sensibilização e à mobilização para o consumo consciente.

Por isso, neste 17 de maio, Dia Internacional da Reciclagem, o Instituto Akatu reuniu diversas informações e dicas valiosas para estimular a população a gerar menos resíduos e a reciclar mais. Ao consumir de maneira consciente — comprando só o necessário, usando um item ou produto até o final de sua vida útil e descartando-o de forma correta — é possível diminuir a geração de resíduos e impulsionar a reciclagem. Confira:

Para diminuir a geração de resíduos, pratique os 5 Rs da sustentabilidade!

Repense: Você realmente precisa comprar um novo produto? Existe a possibilidade de pegar emprestado, trocar ou usar/consertar/atualizar o que você já tem? Evite impulsos momentâneos ou se deixar levar por propagandas. Valorize o que é realmente essencial. E, se for comprar, questione se a marca escolhida está alinhada com o cuidado nas questões socioambientais, com a logística reversa e a economia circular.

Recuse: Diga não para itens supérfluos e de uso único, que geram mais resíduos, como sacolas plásticas ou canudos e talheres descartáveis ao pedir delivery. Recuse panfletos e brindes que você não irá usar. Recusar itens que certamente terão o lixo como destino é simples e ajuda a reduzir a quantidade de materiais destinados a aterros sanitários.

Reduza: Evite o excesso e o consequente desperdício. Vale para comidas – desperdício residencial de alimentos no Brasil ultrapassa 12,5 milhões de toneladas ao ano, segundo o UNEP – e para todo tipo de material. Planeje suas compras. Diminua o uso de itens descartáveis, evite impressões desnecessárias, prefira produtos concentrados e em embalagens menores ou reutilizáveis, e use os produtos até o fim de sua vida útil.

Reutilize: Se possível, dê novas funções para materiais e embalagens ociosas antes de pensar no descarte. Use a criatividade: potes de vidro podem servir para armazenar pequenos objetos, garrafas PET podem virar brinquedos, aquela toalha velha pode virar pano de chão. E lembre-se que um objeto que você não precisa mais pode ser útil para outra pessoa.

Recicle: Só depois de conjugar esses outros quatro verbos é que podemos planejar o descarte adequado de materiais e objetos para viabilizar a reciclagem do que é possível.

Curiosidades sobre reciclagem no Brasil

– Descartamos aproximadamente 1 milhão de toneladas de vidro anualmente e reciclamos 47%. O total não reciclado equivale ao peso de 980 milhões de potes de palmito (550g) cheios ou ao peso de mais de 36 Torres de Pisa, de acordo com cálculos do Instituto Akatu.

– Geramos 3,4 milhões de toneladas de resíduos plásticos pós-consumo anualmente e reciclamos somente 22,1%. O total não reciclado equivale ao peso de 1,26 bilhão de garrafas PET de 2 litros cheias ou ao peso de 5 edifícios Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo.

– Consumimos 7,4 milhões de toneladas dos principais tipos de papel (impressão, embalagem e cartão) anualmente e reciclamos 66,9%. O total não reciclado equivale ao peso de mais de 1 bilhão de pacotes de 500 folhas sulfite A4 ou ao peso de 100 Estátuas da Liberdade.

– Descartamos 259 mil toneladas de caixas cartonadas anualmente e reciclamos apenas 31,1%. O total não reciclado equivale ao peso de 165 milhões de caixas de 1 litro de leite cheias ou ao peso de quase 18 Torres Eiffel.

 Dicas para descartar corretamente os resíduos e impulsionar a reciclagem!

  1. Antes de tudo, verifique se o material pode ser reciclado ou deve ser destinado ao lixo orgânico. Resíduos orgânicos, como restos de alimentos, folhas e sementes, podem ser compostados. Resíduos sólidos, como plásticos, vidros, metais, papéis, lixo eletrônico e tudo que não possui origem biológica, deve ser destinado à reciclagem.
  2. Se possível, higienize os materiais recicláveis que contém resíduos orgânicos. Retire o excesso com um guardanapo, uma colher ou com um pouco de água. Isso facilita o trabalho das cooperativas e evita o mau cheiro e insetos nos pontos de coleta.
  3. Informe-se sobre serviços de coleta seletiva no seu condomínio, bairro ou município. Se o seu prédio ainda não separa o lixo, converse com o síndico e mobilize seus vizinhos para implementar essa prática.
  4. Procure no site de seu município serviços de coleta seletiva, pontos de coleta, ecopontos e pontos de entrega voluntária. Se está na dúvida sobre como destinar alguns objetos ou materiais, consulte iniciativas que podem facilitar o descarte adequado.

Tem dúvidas sobre como descartar materiais específicos? O Akatu explica.

Medicamentos: não jogue no lixo comum ou no vaso sanitário, pois eles podem contaminar o solo e a água. Procure postos de coleta de medicamentos vencidos nas farmácias mais próximas da sua casa.

Sobras de tecidos e roupas usadas: reaproveite ao máximo, venda ou doe – aquela peça de roupa que você não pretende usar mais pode ser útil para alguém. Aproveite campanhas de arrecadação de roupas e agasalhos para limpar o guarda-roupa e ajudar instituições.

Pilhas, baterias, celulares, computadores e outros lixos eletrônicos não devem ser jogados no lixo comum. Entre em contato com o fabricante para verificar se ele trabalha com logística reversa: se recolhe equipamentos ao final de sua vida útil para destiná-los à reciclagem. Se não, você pode entregá-los em pontos específicos de coleta em diversos shoppings e supermercados, que encaminharão para a reciclagem.

Lâmpadas no lixo comum ou reciclado são um risco de ferimentos para os catadores e trabalhadores de cooperativas, além de liberar vapor de mercúrio ao quebrar. Lojas de materiais de construção podem dar uma destinação adequada.

Óleo de cozinha usado deve ser guardado em um recipiente (como uma garrafa ou pote de vidro) e encaminhado para pontos de coleta ou iniciativas que recebem esse resíduo. Não descarte o óleo na pia, pois ele pode entupir o esgoto ou poluir o lençol freático.

Móveis e eletrodomésticos podem ser descartados através de organizações que reutilizam suas peças ou partes e que oferecem o serviço de retirada desses itens. Outra opção é buscar o ecoponto mais próximo da sua casa, conferir no site da prefeitura do seu município se há algum serviço de coleta ou consultar o fabricante: algumas empresas trabalham com logística reversa e recebem produtos usados.

Vidros devem ser destinados para a coleta seletiva. Se o vidro quebrou, envolva em um papel, para não machucar quem manuseia seu lixo, e escreva em letras grandes que ali contém vidro quebrado.

Caixas cartonadas: compostas por papel, alumínio e plástico, as embalagens longa vida podem levar até 100 anos para se decompor na natureza. Para o descarte correto, consuma o produto até o final, dê uma limpadinha na caixinha e destine para a reciclagem. Apesar de ter vários materiais, a lixeira mais indicada é a azul, junto com outros papéis!

Conheça marcas e produtos de beleza com embalagens recicladas

Quando o assunto é beleza, todos os dias inúmeras embalagens de cosméticos são produzidas e descartadas. As principais marcas já se movimentam para enfrentar o problema dos plásticos na indústria e passam a olhar, não só para suas fórmulas eficientes, como também para a forma que seus produtos podem ser descartados no meio ambiente.

Abaixo, algumas das marcas e produtos que se comprometem com a causa e produzem linhas embaladas em material reciclado, que tenham um fluxo de reciclagem ou compensação ambiental.

AMEND Botanic Beauty

A busca por um novo estilo de vida, a vontade de sair do automático, o desejo permanente de se reconectar com a natureza aceleram a busca por produtos de fontes naturais e ecologicamente corretas.

Pensando nisso, a Amend inicia sua contribuição para o meio ambiente e lança a linha Amend Botanic Beauty, que incorpora os mais surpreendentes ingredientes de origem natural em sua fórmula, além de uma embalagem 100% biodegradável feita de plástico verde derivado da cana-de-açúcar + aditivo oxibiodegradável que acelera a biodegradação do plástico, reduzindo de 450 para oito anos o potencial de biodegradação da embalagem.

Este é o primeiro de muitos passos que a Amend dará em direção ao futuro, estando cada vez mais preocupada com o bem-estar e com o planeta.

  • Fórmulas entre 91 a 97% de ingredientes de origem natural;
  • 100% vegana.

Biossance

Biossance nasceu em 2017 com a missão de criar o futuro da Beleza Limpa ou Clean Beauty. Líder no mercado por aliar sua tecnologia e inovação ao cuidado com o meio ambiente. Todos os produtos têm embalagens totalmente recicláveis e cases externos feitas de papel de cana-de-açúcar renovável, sem tintas ou corantes que possam afetar a reciclabilidade.

A marca californiana também bane mais de dois mil ingredientes tóxicos ou possivelmente tóxicos para a saúde humana e do planeta. Logo, todos os produtos são veganos, cruelty-free, eficazes e seguros.

Creamy Skincare

Democratizar a rotina de cuidados com a pele e entregar resultados. Esse é o intuito da marca brasileira CREAMY SKINCARE, lançada em 2019. Seus produtos entregam alta performance e, ao mesmo tempo, são acessíveis. Com desenvolvimento 100% brasileiro, a CREAMY chegou para simplificar a rotina de cuidados faciais de forma acessível com cinco produtos inteligentes que combinam ativos poderosos, garantindo praticidade e eficácia.

  • Ácido Mandélico
  • Ácido Glicólico
  • Ácido Lático
  • Sérum Vitamina C
  • Ácido tranexâmico

As embalagens de Creamy são um charme, porém por saberem que o plástico impacta o meio ambiente, uma das políticas da marca, desde o lançamento, é a reciclagem, por isso, contam com um parceiro importante nesse processo: o selo eureciclo .

“A eureciclo tem o modelo de compensação ambiental como solução para a logística reversa”, explica a equipe de Comunicação do selo. “A compensação ambiental, neste caso, consiste em destinar de forma ambientalmente correta uma massa de resíduos equivalente à massa das embalagens que uma empresa coloca no mercado”.

Na prática, eles homologam operadores de coleta e triagem de resíduos recicláveis e, por meio da uma plataforma tecnológica, checam a consistência do processo de forma escalável e segura.

Para a eureciclo, a Creamy é uma das empresas engajadas, que incentiva o desenvolvimento dos operadores. “Comprovamos o investimento na cadeia de reciclagem e, por fim, recebemos o selo eureciclo, que estampa as nossas embalagens e comunica nosso compromisso”, ressaltam.

OX Plants, da OX Cosméticos

A linha vegana e não testada em animais, OX Plants, é uma rotina de cuidados diários com os fios formulada com 93% de ingredientes de origem natural, apenas com componentes essenciais para a saúde e a beleza dos cabelos, sem adição de cloreto de sódio (sal), sulfatos, silicones, óleos minerais, corantes e parabenos. As embalagens exibem os selos Certificado Vegano, da Associação Brasileira de Veganismo (ABV), e eureciclo, de compensação ambiental. No caso de OX Plants, a compensação é de 100%, o que significa que, a cada produto colocado à venda, uma quantidade equivalente de material é reciclada. A novidade está disponível em três versões – Hidrata & Dá Brilho, Nutre & Cresce e Cuida do Couro & Fortalece – nos principais pontos de venda do país e no e-commerce da marca http://www.compraflora.com.br.

Sephora Collection | linha Care Make-up

A linha Care Make-Up de Sephora Collection conta com produtos veganos, de alta performance, formulados especialmente para quem se preocupa com a sustentabilidade e com a formulação dos cosméticos que aplica na pele. Seguindo a tendência de clean beauty, a linha traz um mix de maquiagem livre de silicone, óleos minerais, parafina, petrolatos e fragrâncias. A base principal da formulação está em ingredientes de origem natural para hidratar, nutrir e suavizar a pele ao mesmo tempo em que colorem na hora do make.

Composta por mais de 90% de ingredientes de origem natural e sem nenhum tipo de ingrediente animal, os produtos podem ser aplicados em todos os tipos de pele, inclusive as mais sensíveis. Soma-se a essa preocupação o cuidado com as embalagens: todas são feitas com plástico oriundo de reciclagem e madeira de florestas sustentáveis. Care Make-up conta com base líquida, sombra líquida, lápis para olhos e máscara de cílios.

Simple Organic

A Simple Organic – marca brasileira de cosméticos orgânicos, veganos, naturais, cruelty-free e sem gênero – busca reduzir o impacto ambiental em todas as etapas do processo de fabricação de um produto, desde a extração da matéria-prima até o descarte das embalagens. Por isso, utiliza apenas plástico branco ou preto na produção, por terem maior valor de venda para a reciclagem, e oferecem 10% de desconto para os consumidores que devolverem as embalagens vazias nos pontos de coleta nas lojas físicas da marca. A economia circular é um dos principais propósitos da marca, que busca levar a beleza limpa para o maior número de pessoas.

Além de possuir a certificação pelo PETA como 100% vegana e cruelty free, com um produto que não carrega absolutamente sofrimento animal e também é uma marca associada a Certificação Lixo Zero, reconhecida internacionalmente pelo ZWIA – Zero Waste International Alliance, que atesta ações de Gestão de Resíduos sob a perspectiva do Conceito Lixo Zero. Além disso, tem o selo Eu Reciclo, que compensa 100% da embalagem primária comercializada, neutralizando o impacto ambiental.

Skala The Gardener

A Skala Cosméticos é uma marca 100% vegana e possui uma linha chamada Skala The Gardener, com shampoo, condicionador, creme de tratamento, hidratante corporal e sabonete líquido.

Todos os itens desta linha são feitos com ativos naturais de frutas, flores e vegetais de origem orgânica e apresentam uma embalagem plástica que é produzida com material 100% reciclado e biodegradável, que contém o ativo P-life, tecnologia desenvolvida no Japão que acelera o tempo de decomposição.

Além disso, 6% da receita líquida de vendas da marca Skala The Gardener é destinada ao Instituto The Gardener, que nasceu junto com a marca com o propósito de fazer o bem para o meio ambiente e a sociedade.

Guia sobre descarte correto de eletrônicos pode ser acessado gratuitamente

Anualmente, no Brasil, mais de dois milhões de toneladas de resíduos eletroeletrônicos e pilhas acabam incorretamente na natureza e a única maneira de evitar mais prejuízos é dando a destinação adequada aos equipamentos que já estão fora de uso.

Por isso, a Green Eletron, maior gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletroeletrônicos do Brasil, divulga o E-book Eletrônico Não é Lixo (veja aqui), criado junto com um  movimento homônimo, com o objetivo de conscientizar a população e elevar as taxas de reciclagem destes materiais. O conteúdo destaca informações importantes sobre o que é, de fato, lixo eletrônico, como descartá-lo corretamente e quais as vantagens e cuidados no manejo, além de indicar os locais que podem recolhê-los, chamados de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária).

Presente em todo o País com mais de sete mil coletores de pilhas, baterias e eletroeletrônicos, a gestora já recolheu, em cinco anos de atuação, mais de 2,3 mil toneladas desse tipo de resíduo, que foram enviadas para reciclagem, evitando prejuízos ao meio ambiente. Caso precise descartar pilhas usadas, verifique aqui o PEV mais próximo de você. Já aqui, você pode encontrar o ponto mais próximo para entregar eletroeletrônicos.

“Toda a ação conta para um mundo mais sustentável”

“Acreditamos que toda ação conta para um mundo mais sustentável. Nós, enquanto consumidores, temos um papel de extrema relevância em relação a questões socioambientais e uma atuação assertiva pode tornar o tema prioridade para a indústria de bens de consumo”, comenta Renata Ross, gestora de Marketing e Relacionamento da TerraCycle, líder global em soluções ambientais de resíduos de alta complexidade.

A executiva lembra que para ter o que realmente comemorar em 17 de maio, Dia Mundial da Reciclagem, é preciso que haja um engajamento maior de todos os envolvidos, independente do tamanho da ação de cada um, nesse sentido, a TerraCycle firma parceria com várias empresas e desenvolve ações com cooperativas de reciclagem para solucionar resíduos de difícil reciclagem.

Em janeiro deste ano, numa movimentação para atender a essa demanda, a Nestlé lançou uma iniciativa que concilia a reciclagem de embalagens laminadas de chocolates e biscoitos com o repasse de recursos a entidades sociais. Desenvolvido em parceria com a TerraCycle, o programa de reciclagem inclusiva envolve capacitação de cooperativas de catadores e o engajamento de consumidores para a correta destinação e reaproveitamento das embalagens de filme plástico conhecido na indústria como BOPP (polipropileno biorientado).

A iniciativa de logística reversa também aceita outros tipos de produtos que utilizam o mesmo plástico, como salgadinhos e barrinhas de cereal de qualquer marca e tamanho. A Nestlé já tinha lançado em 2020 um projeto de alcance nacional que concilia a reciclagem de embalagens de sachê NINHO® e o repasse de recursos para entidades sociais. A iniciativa, também com a consultoria TerraCycle, prevê a parceria com mais de 150 cooperativas de reciclagem de todo o Brasil e o engajamento de consumidores para a reciclagem das embalagens flexíveis de NINHO®”.

Além da ação com a Nestlé, a TerraCycle tem parcerias com dezenas de outras empresas no Brasil e no mundo onde recicla cápsulas de café, instrumentos de escrita, esponjas, brinquedos e, dentre outros, embalagens de cosméticos.

Mercado de sucata de aço

A Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço) aponta que mais de 385 milhões de toneladas de aço são recicladas no planeta por ano, só no Brasil cerca de 200 mil toneladas de latas pós consumo retornam para o processo de reciclagem. Por aqui, assim como no restante do mundo, o mercado de sucata de aço é bastante sólido, pois as indústrias siderúrgicas utilizam o material para fazer um novo aço, ou seja, cada usina siderúrgica é uma planta recicladora.

Em países da Europa, como Alemanha e Bélgica, o índice de reciclagem das latas de aço pós-consumo é acima dos 95%. No Brasil, 47% do total das latas de aço consumidas são recicladas, incluindo embalagens de alimentos, como ervilha, milho e sardinha, bebidas, bem como latas de tintas, de massa corrida e de produtos químicos. Este índice vem aumentando graças à ampliação de programas de coleta seletiva e educação ambiental.

O aço é o material mais reciclado do mundo e sua embalagem é 100% reciclável.

O Grupo Verallia, líder europeu e terceiro maior produtor global de embalagens de vidro para alimentos e bebidas, divulgou, no final de 2020, o propósito de “repensar o vidro para um futuro sustentável”. Alguns dos objetivos são aumentar a circularidade da embalagem de vidro, maximizando a utilização do caco no seu processo de produção – a Verallia está com o objetivo de elevar a taxa de uso de caco externo na produção para 59% até 2025, em comparação com os 49% usados hoje. E também propõe reduzir significativamente as emissões de CO2 em todas as suas operações até 2030, por meio de mudanças na mistura de matérias-primas destinadas à produção de vidro, com maior uso de caco e menor uso de matérias-primas carbonatadas; redução na energia necessária para derreter o vidro e outros processos de produção; e aumento do uso de energia verde. Além disso, uma das parcerias da empresa é com a Fundação @EllenMacArthurFoundation, que a ajuda a acelerar o progresso de inovação na cadeia de valor do vidro, incentivar a reutilização e mobilizar para mais vidro reciclado.

Reciclagem inclusiva e economia circular

Nesta semana comemorativa em prol da reciclagem, o presidente da Dow no Brasil e na América Latina, Javier Constante, participará de evento promovido pela Latitud R, principal plataforma latino-americana para a articulação de ações, investimentos e conhecimentos em Reciclagem Inclusiva.

O evento, que acontece no dia 18 de maio, reunirá executivos de diversas empresas e entidades, como o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e seus pares das empresas e organizações que fazem parte da plataforma (Coca-Cola, Pepsico, Dow, Nestlé, Rede Lacre, BID Lab e Fundación Avina) em um painel de discussão remoto, que abordará os desafios enfrentados pela América Latina e Caribe na transição para uma economia circular inclusiva.

“Para a Dow, participar de um evento promovido pela Latitud R reforça nosso compromisso com a economia circular e com todos aqueles que fazem parte do nosso círculo de atuação responsável em prol da reciclagem, como as comunidades de catadores. Além disso, reunir nossos parceiros e representantes da indústria latino-americana mostra que a preocupação com a viabilização de ações para a economia circular é um ponto em comum em toda a indústria”, afirma Javier Constante.

De acordo com o executivo, a atuação global da Dow e a posição na base das cadeias de valor mais relevantes, possibilita a organização somar esforços com clientes, fornecedores, governos, academia, sociedade civil e ONGs para enfrentar os desafios de sustentabilidade na região. “Acreditamos em negócios sustentáveis que criam mudanças positivas, combinando tecnologia com impacto social. A colaboração é o único caminho para abordar essas questões e fomentar a economia circular e inclusiva”, pontua Javier Constante.

Engajamento para a transição entre a economia linear e a circular

A América Latina desempenha um papel fundamental e estratégico para os projetos de economia circular da Dow. Um terço de todos os resíduos urbanos gerados na América Latina ainda acaba em aterros sanitários ou no meio ambiente e apenas 10% de tudo o que é coletado são reaproveitados por meio da reciclagem ou outras técnicas de recuperação de materiais, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). “O engajament na transição de uma economia linear para uma que redesenha, recicla, reutiliza e remanufaura, elimina o descarte de resíduos, protege o meio ambiente, promove inovação e novas oportunidades de negócios”, enfatiza o presidente da Dow.

Durante o evento serão discutidas ideias e formulações sobre o impacto gerado pela Latitud R, por meio de projetos que apoiam catadores e catadoras de resíduos. A plataforma acaba de criar uma aceleradora de negócios, uma unidade de ciência de dados e um espaço de conhecimento aberto para esses públicos e espera, também, dar início às comemorações de seus 10 anos de atuação, celebrados em 2021.

A entidade atua com governos nacionais e locais para elaborar e executar políticas públicas que promovam a reciclagem e a economia circular, incentivar a mudança de cultura entre os cidadãos a respeito da importância de separar o lixo nas residências e produzir conhecimento e dados para a tomada de decisões estratégicas.

O evento será realizado das 11h às 12h (horário de Brasília), no dia 18 de maio. Para participar é necessário realizar uma inscrição prévia pelo site: https://avina.zoom.us/webinar/register/6416191053317/WN_mLMWN-dwQlKaVseW9vrwlw

Veja o discurso do presidente Joe Biden, na Cúpula do Clima 2021:

Gostou desta matéria? Quer saber mais sobre construções sustentáveis? Então siga o canal ecowords nas redes sociais!