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No Brasil estão surgindo muitas oportunidades de negócios para vários nichos de mercado, como o imobiliário, o qual destaca a necessidade de oferecer empreendimentos que tenham espaços colaborativos e ambientes sustentáveis. Segundo dados divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na publicação Estratégia de Urbanização Sustentável do PNUD, mais da metade da população do mundo vive em áreas urbanas. Até 2030, 60% da população global viverá em cidades o que aumentará a demanda por esses tipos de empreendimentos.

Hoje, podemos constatar que o desenvolvimento sustentável trouxe muitos avanços para a sociedade. Entre eles, podemos considerar que os espaços colaborativos passaram a ser planejados com mais cuidado. Atualmente os empreendimentos mostram mais atenção com a arquitetura sustentável, e os escritórios de trabalho compartilhados, que são tendência nas grandes cidades, estão atendendo premissas de respeito ao meio ambiente e cooperação.

Espaços colaborativos e sustentáveis

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, de janeiro a agosto deste ano foram abertos 2,1 milhões de cadastros, quantidade 20,7% maior do que o mesmo período em 2018. Esses novos negócios buscam se desenvolver em espaços colaborativos, flexíveis e ambientes sustentáveis, que reflitam as mudanças de relacionamento, bem como acompanhem as novas tecnologias.

Para a arquiteta Gabriela Gontijo, do Studio Gontijo, as empresas estão buscando espaços colaborativos mais amplos e dinâmicos, que facilitem o desenvolvimento do trabalho e o compartilhamento de ideias. “A demanda por ambientes sustentáveis mais aconchegantes e reversíveis também aumentou, tanto pelo melhor aproveitamento dos locais quanto pela qualidade de trabalho e, consequentemente, o aumento da produtividade dos funcionários”, explicou

Consciência ambiental

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2018 houve mais de 98 mil compras de imóveis. A expectativa é que em 2019 as vendas no mercado imobiliário de médio e alto padrão cresçam mais de 30% em relação a 2018, incluindo os imóveis corporativos. Cabe ao setor imobiliário se adequar às últimas tendências de mercado, que diante da disseminação da consciência ambiental no meio empresarial trazem profissionais que exigem espaços colaborativos com ambientes sustentáveis.

Um pedido comum, por exemplo, é o planejamento de espaços colaborativos com divisões horizontais e espaços verdes, além de garantir o conforto dos clientes. O engenheiro Alexandre Thiago Parcianello, da Evoris Participações e Investimentos Imobiliários, comentou que a demanda crescente no mercado imobiliário corporativo é por estações de trabalho que possuam energias renováveis, qualidade ambiental, essência estética e funcionalidade.

Selos de sustentabilidade

De acordo com o engenheiro, a indústria da construção civil é um dos setores que mais desperdiçam materiais. Para solucionar o problema foram criados selos de sustentabilidade que auxiliam organizações a conciliar o crescimento socioeconômico com as responsabilidades ambientais. Parcianello destacou dois: “O selo AQUA-HQE visa acompanhar todo o projeto, avaliando questões construtivas e ambientais. Já o LEED é uma certificação que prioriza a economia de energia, o uso sustentável dos recursos, bem como a redução dos custos”.

Responsabilidade social

O caráter sustentável se tornou uma preocupação de pequenas, médias e grandes empresas. Nesse quesito, a imobiliária ou construtora precisa avaliar a responsabilidade social da empresa a que está prestando o serviço. O vice-presidente do Grupo Piran – empresa especializada em construção de imóveis corporativos para locação e renda -, Valdir Piran Jr. explicou que é necessário observar fatores como localização, tamanho do metro quadrado, qualidade da construção e possibilidades de decoração no intuito de criar um ambiente sustentável que garanta proteção ambiental ao mesmo tempo que valoriza o patrimônio.

Segundo Valdir Piran Jr., a tendência é propor ambientes integrados, que visem a qualidade de vida de todos, colaboradores e clientes. “Nossas plantas se distanciam dos modelos tradicionais, porque enxergamos essa adequação das novas gerações, em que os gestores das empresas se preocupam cada vez mais com a flexibilidade e a ambientação tecnológica, porém sustentável”, afirmou.

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